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Enviar por e-mail A carência na área educacional brasileira parece ser um eterno motivo para a produção de maus resultados. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de cada 100 jovens brasileiros na faixa etária de 18 a 24 anos de idade, menos de 40 têm 11 anos de estudos regulares. Ou seja, há todo um vasto contingente de jovens cujos estudos estão atrasados, já que a idade correta para que o estudante complete a educação básica é aos 17 anos. Segundo a análise realizada, a mensuração da escolaridade desta população jovem é considerada essencial para avaliar a eficácia do sistema educacional de um país.
A situação é ainda mais grave no Nordeste, quando o percentual de jovens dentro do tempo regular de ensino cai para 31,8%, contrastando com a região Sudeste, onde este índice sobre para 44%, o que reforça as desigualdades regionais. Entre os estudantes nesta faixa etária, a maioria frequenta nível de ensino abaixo do recomendado, já que o ideal seria que o jovem estivesse cursando o ensino superior a partir dos 18 anos.
Também entre a população de 15 a 17 anos verifica-se atraso na escolarização. Nessa faixa etária, a proporção da população que frequenta a escola no nível adequado à sua idade, é de 50,9%.
Ainda de acordo com o IBGE, a frequência piora de acordo com a classe social. Entre os 20% mais pobres, somente 32,0% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade estavam no ensino médio, enquanto entre os 20% mais ricos, essa oportunidade atingia quase 78% do grupo. Esses dados revelam que a renda familiar exerce grande influência na adequação da idade à série do estudante e, quando a renda é baixa e o aluno atrasa-se nos estudos, perpetua-se o ciclo de pobreza que deveria ser quebrado justamente pela educação. A educação é chave para o progresso pessoal de qualquer cidadão, e concluí-la no tempo certo é a garantia de que os rumos estão no caminho certo.